Friday, February 27, 2009

Vale do Loire dia 3: Cheverny

No dia seguinte, acordei com a maior dor de barriga! Acho que foi algo que comi na janta do dia anterior (que, por sinal, estava divina, mas nao tem fotinho...), mas nao consegui identificar o que foi exatamente. A Mí com o maior gripao, eu com a minha barriguinha fazendo barulhos estranhos. Por sorte, namorido estava inteirao, entao lá fomos nós!

Primeira parada do dia: Cheverny. O plano original era visitar o Villandry. Mas, o tchan do Villandry sao justamente os jardins. Depois da decepcao dos jardins do Chenonceau, decidimos nao arriscar e mudamos de planos: o Cheverny é considerado o castelo com a melhor decoracao de interior, com muita mobília, tapecarias e obras de arte. Entao, com ou sem tempo bom, a visita valeria super a pena!

E, nao nos decepcionamos: castelo lindo por dentro e por fora!

Chateau de Cheverny de frente...

... e de costas

O 'quarto do nascimento', onde as maes apresentavam seus bebês pela primeira vez. Achei super aconchegante para aquele tempo!

Sala de jantar somente para a família


Armardura do Duc de Bordeaux quando esse tinha 4 aninhos...


A perfeicao das tapecarias

Relógio com dias da semana

E, duas curiosidades:
1. No castelo de Cheverny foram escondidas obras do Louvre durante a Segunda Guerra Mundial (para nao serem pilhadas), como por exemplo, a Mona Lisa! Elas foram guardadas na Orangerie do castelo.

Ao fundo, o prédio da Orangerie


2. O Chateau de Cheverny serviu como inspiracao para o autor belga Hergé escrever o 'Chateau de Moulinsart' (Aventuras do Tintin). Entao, olha só quem a gente encontrou por lá:

Thursday, February 26, 2009

Vale do Loire dia 2: Chenonceau

Antes de chegarmos ao Chenonceau, eu devorei a história do castelo no carro, e adorei! O castelo remonta ao século XIII. Mas, a história realmente começa a ficar interessante quando Henri II (rei da França de 1547 até 1559) decide dar o palacete para sua amante (19 anos mais velha) Diane de Poitiers, que adorou o presente (quem nao adoraria, hehehe). Foi Diane que mandou construir a ponte arcada, que liga o castelo à outra margem do rio Cher. Foi ela também que elaborou os jardins do palácio.
De acordo com wikipedia, Diane de Poitiers foi a senhora do palácio, mas o título da propriedade continuava com o rei (ou melhor, com a Coroa). Em 1555, depois de anos de delicadas manobras, Henri II finalmente conseguiu passar o castelo no nome dela. Eles foram amantes desde que ele tinha 14 anos (e ela 33!), e ela foi a grande paixao da vida dele (e vice-versa): a história deles é considerada 'one of the most powerful love affairs of the Renaissance'. Nao é lindo?

Porém, a história nao acaba aí. Em 1559, com a morte de Henri II (num torneio, onde teve o olho perfurado por uma lança, assim como parte do cerébro afetada: tragédia total!), a poderosa viúva e regente Catherine de Médicis decide que adora Chenonceau, e expulsa Diane do castelo. Como o castelo nao pertencia mais à Coroa, Catherine nao pode despropiar a propriedade totalmente, mas força a tadinha da Diane a trocar o Castelo de Chenonceau pelo Chateau de Chaumont-Sur-Loire.

Catherine se muda para Chenonceau, e faz do castelo sua morada favorita. Ela também fez diversas melhorias, como um novo aposento exatamente por cima da ponte construída pela sua rival (Grande Galeria).

Grande Galeria

Outra curiosidade é o nome do castelo. Chenonceau (também conhecido por Castelo das Sete Damas) fica na cidade de Chenonceaux. Conta a lenda que, após passar por várias maos, o castelo virou propriedade de Madame Louise Dupin. Conforme wikipedia, o castelo nao foi destruído pela Guarda Revolucionária (Revoluçao Francesa) por ser essencial para as viagens e para o comércio por ser a única ponte que atravessava o rio Cher numa área de várias milhas. Outra razao para ser poupado, porém, é o fato de Louise ter trocado a ortografia do nome do dito cujo: de Chenonceaux para Chenonceau. Deixando cair o 'x' no final do nome, ela dissociava o nome do castelo como um símbolo da realeza, da república, agradando os aldeões durante a Revolução Francesa. Palmas para Madame Dupin!

Depois de ler toda essa história, chegamos ao castelo. Por dentro, adoramos a visita! Mas, por fora, deixou bastante a desejar... Para comecar, os jardins estavam totalmente em reforma! Aliás, era um jardim mesmo: um perfeito canteiro mas de obras, hehehe. Além disso, o castelo está passando por reformas (mais do que necessárias!!!), e já na entrada principal há um grande painel escondendo os trabalhos. Nao preciso dizer que os fotógrafos de plantao (namorido e Mí) nao ficaram muito felizes com isso, né? Entao, nao sei se foi o fato do jardim parecer um grande canteiro de obras, do dia estar cinza e o céu azul nao ter feito parte do cenário, ou do castelo estar em reformas por toda parte. Mas, Chenonceau nao foi aquela Brastemp toda que a gente esperava. As reformas do castelo vao demorar 30 meses. Quem sabe depois desse período, num dia de primavera ou verao, a gente nao retorna e dá uma segunda chance ao Castelo das Sete Damas? :o)

Lado esquerdo da entrada do castelo...

Namorido se encaminhando ao palácio

Chenonceau de ladinho

Flores na cozinha: adorei o ambiente!!!

Olha a quantidade de formas e panelas!!!


Num dos aposentos do castelo, há o monograma de Henri II (H) e Catarina (C). Só que o apaixonado do Henri, que amava e idolatrava sua Diane, deixou os Cs entrelacarem o H, formando um H (Henri) e D (Diane) juntinhos. L'amour é tao lindo :o)


H & C (ou H & D)?

Namorido e eu, circulando pelo castelo

Quarto das 5 Rainhas, em homenagem às duas filhas de Catarina e às tres cunhadas

Quarto da Diane de Poitiers

Quarto da Catherine de Médicis

Clicando!

Os canteiros dos jardins (sim, sem comentários, hahaha)


P.S. Para quem quiser ver todos os cômodos do castelo, vale a pena ir no site deles e fazer a visita virtual. Está super bem feita!!!
http://www.chenonceau.com/media/fr/histoire_visite.php#vr

Vale do Loire dia 2: Azay-Le-Rideau

De manha, depois de um café da manha a beira da lareira acesa (sim, porque no inverno nao é a beira do lago: é na beira da lareira mesmo, hahaha), fomos em direcao ao primeiro castelo do percurso: Azay-Le-Rideau. Depois de alguns percalços (pegamos a direcao errada da auto-estrada, e levamos 28km para conseguir sair da dita cuja e fazer um retorno, aaaaargs!), chegamos. Nessa época do ano, o castelo fica de portas abertas das 10h até 12h30, e depois reabre somente das 14h até 17h30. Chegamos às 11h, mas deu tempo de sobra para visitarmos até 12h30.
Azay-Le-Rideau encantou! Chega a ser aconchegante :o) E o rio Indre em volta do castelo dá um clima todo romântico ao lugar!


Fachada de entrada


Vista de uma das janelas do castelo



Cozinha :o)


O castelo de ladinho

E de longe...

E comigo na fotinho!

E de trás, só para ter certeza que tudo foi documentado, hehehe.

Depois da visita, demos uma caminhada pela cidadezinha de Azay-le-Rideau, e fizemos pausa para o almoço. Próxima parada: Chenonceau.


Wednesday, February 25, 2009

Vale do Loire - dia 1

Nossa viagem pelo vale do Loire começou primeiro com pesquisa, muita pesquisa. Eu sabia que havia vários castelinhos por lá (tá bom, na verdade, nao sao castelinhos, mas casteloes, hehehe), mas nao tinha idéia quais seriam legais de se visitar, horário de visita, se estariam abertos para visitaçao no inverno ou nao (depois do fora da Normandia, queria ter certeza que a gente nao ia dar de cara no portao fechado!), e quais sao as atracoes de cada um. Depois de muita pesquisa no google, achei um site que me ajudou bastante: CHATEAUX of the LOIRE VALLEY. Super prático, com todos os castelos e seus devidos links. Ajudou bastante na escolha dos favoritos.
Com ajuda do site, de um guia de turismo alemao, e um guia de turismo brasileiro (a Mí usou o da Folha de Sao Paulo), nos decidimos por Chenonceau, Azay-Le-Rideau, Chambord e Villandry.

Saímos de Aachen às 9h30 da manha, e levamos 6 horas para chegar até a regiao propriamente dita. Como a auto estrada passa por Paris, acabamos entrando no maior congestionamento (aparentemente era começo das férias ou algo assim): pobre namorido que teve que dirigir por toda essa bagunça.

Como chegamos relativamente cedo, decidimos primeiro fazer uma visita a Blois antes de irmos para o nosso Bed & Breakfast. A primeira parada foi no L'Appart Thé (12-14, rue basse) para forrarmos os nossos estômagos. Amei a decoraçao do lugar, pareciam vários ambientes de uma confortável sala de estar. Eles oferecem um suco naturalíssimo super gostoso, do Alain Milliat. Sem conservantes, sem aditivos, pura fruta dentro. Eu adorei as garrafinhas :o)


Depois de devidamente alimentados (parmentier de boeuf - para leigos na cozinha como eu, é uma espécie de carne moída por baixo, e uma espécie de purê de batata por cima, forno, e voilá!), fomos dar um rolê pela cidade de Blois. O castelo é impressionante, nao achei que fosse tao enorme! Nós estávamos cansados da viagem, e já estava quase na hora de ir para o B&B, entao acabamos nao entrando. Mas, de repente, vale a pena a visita por dentro também!

Igreja Sao Nicolaus

Castelo de Blois - lateral

Castelo de Blois - entrada principal


Estilo de escada aberto considerado inovativo para a época. Mesmo princípio que a escada do castelo Chambord

Nao é um fofo? ;o)

Lojinha de souvenirs


Depois de Blois, fomos ao nosso B&B. Que, tchan-tchan-tchan-tchan, era nada mais, nada menos, que um castelinho, mais precisamente, Chateau de Fontenay! Como eu nunca tinha dormido num castelo, achei o máximo!!! :o) Os donos estao comecando o negócio a pouco tempo, e sao super simpáticos e atenciosos. Adoramos! O chateau fica na cidadezinha de Blére, perto de todos os castelinhos que queríamos visitar.

P.S. Com excecao das fotos do pôr-do-sol, as demais foram tiradas no dia seguinte, de manha cedinho, por namorido, enquanto euzinha ainda repousava, hehehe.

Por do sol nos jardins do castelo

Chateau de Fontenay de frente

Chateau de Fontenay de trás

Estufa de vidro (ainda precisa passar por reformas...)

Alameda do castelo

Depois de devidamente instalados, demos uma volta pela propriedade, descansamos um pouco, e saímos para jantar. O restaurante La Boulaye foi recomendaçao dos proprietários do nosso B&B (ou melhor, chateau, que fica muito mais chique, hahaha), e foi totalmente aprovado! Sentamos perto da lareira, que estava acesa com o fogo crepitando. Fotos da comida feitas pela Mí, que nao é envergonhada que nem eu e documentou os nossos pratitos (brigada, Mí!).

Gatinho se esquentando perto da lareira

Foie gras na maça (entrada namorido)

Camaroes e creme de abóbora (minha entrada). O creme de abóbora vinha num saquinho, e se tomava de canudinho!


Depois da lauta refeicao, caminha! E, nao, nenhum fantasma veio puxar os nossos dedoes do pé! :o)